terça-feira, 16 de maio de 2017

Campeões


Quando Jesus ficou sabendo disso, saiu da Judeia e voltou para a Galileia. João 4:3
No ano de 1988, a McLaren, que já contava com o lendário piloto francês Alain Prost, contratou uma das maiores promessas do automobilismo mundial da época, o inesquecível brasileiro Ayrton Senna. O resultado foi um desempenho incrível da equipe. Das 16 corridas do ano, eles venceram 15 provas. Com isso, Senna conquistou o primeiro de seus três títulos mundiais na Fórmula 1.
Depois da vitória do brasileiro, o clima no grupo já não era o mesmo, e os dois pilotos, em vez de permanecerem parceiros, tornaram-se rivais. Em 1989, Prost voltou a ser campeão depois de se envolver em um acidente suspeito com Senna. Não havia mais ambiente na McLaren para os dois, e o francês abandonou a equipe.
O panorama acima é bem diferente do que está sendo retratado no versículo de hoje. Jesus havia iniciado seu ministério depois de ter sido batizado por João Batista. Os dois eram primos e atraíam multidões. Ocorre que as pessoas começaram a enxergar uma competição onde não havia.
Os discípulos de João, preocupados com o sucesso de Jesus e com a perda de seguidores de seu mestre, reclamaram: “Aquele homem que estava com o senhor no outro lado do rio Jordão está batizando as pessoas. […] E todos estão indo atrás dele” (João 3:25). A reposta de João tornou-se uma das mais conhecidas passagens da Bíblia por sintetizar, em uma só frase, doses incríveis de maturidade e humildade: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (João 3:30, ARA).
Os inimigos de Jesus, querendo atrapalhar o trabalho dele, também quiseram colocar lenha na fogueira. Eles “ouviram dizer que Jesus estava ganhando mais discípulos e batizava mais pessoas do que João” (João 4:1). Em vez de entrar nesse jogo mesquinho, Jesus “saiu da Judeia [onde João pregava] e voltou para a Galileia” (João 4:3). Na mente de Cristo e João Batista, não havia espaço para disputas infantis. Não estavam concorrendo pelo título de campeão mundial de batismos. Como uma equipe, queriam salvar juntos a maior quantidade possível de pessoas para o reino de Deus.
E você? Tem sido tentado a disputar posição com alguém? Não entre nessa. Na corrida para o Céu, todos podem ser vencedores. Com humildade e maturidade, você poderá fazer grandes coisas para Deus. Não permita que o ego e a vaidade tirem sua atenção do que de fato é importante. Coloque-se nas mãos de Deus, e Ele fará de você um verdadeiro campeão.

Ira


Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele. João 3:36, NVI
Respiração ofegante, testa franzida, olhos diminuídos, mandíbula cerrada, dentes à mostra, coração disparado, suor pelo corpo e rosto vermelho. Essa é a descrição de uma pessoa em fúria e pronta para o ataque. Considerada pela Igreja Católica como um dos sete pecados capitais, a ira é, sem dúvida, um dos sentimentos humanos mais presentes. A pergunta que surge, porém, é: Ela é sempre pecaminosa?
A resposta da Bíblia é “não”. O apóstolo Paulo, por exemplo, aconselha: “Quando vocês ficarem irados, não pequem” (Efésios 4:26, NVI). Esse texto deixa claro que é possível sentir ira e não pecar. O versículo de hoje, inclusive, menciona Deus manifestando esse sentimento. A questão, então, é: Quando a ira é legítima e até necessária? Pessoas más andam por aí distribuindo violência gratuitamente. O sentimento correto em relação a esse estado de coisas não pode ser outro senão indignação. Não podemos assistir (e aplaudir) a maldade que prolifera no mundo. É natural, por exemplo, que um pai aja com fúria para proteger seus filhos de um abusador ou de coisa semelhante. Estranho seria o contrário.
É nesse contexto que a ira de Deus se manifesta. Ele é justo e ama seus filhos. Frente à violência de Satanás contra a humanidade, o maior de todos os sentimentos de indignação encheu o coração de Jesus e, movido por isso, Ele partiu com fúria para proteger seus filhos. Por isso, Deus disse à serpente: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este ferirá a sua cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar” (Gênesis 3:15, NVI). Esmagar a cabeça do inimigo, mesmo a custo de um ferimento para si, foi, desde o início, o objetivo de Deus, para proteger seus filhos.
Na cruz do calvário, a indignação divina foi desviada do ser humano pecador para o próprio Filho de Deus. Porém, qual é a condição de quem não crê nesse sacrifício? Como diz o versículo de hoje, “a ira de Deus permanece sobre ele”.
O fogo e enxofre que um dia descerão do céu foram preparados para Satanás e seus anjos, não para os seres humanos, pois Jesus já recebeu a punição em nosso lugar. As pessoas só sofrerão o juízo se tiverem rejeitado o amor de Deus e ficado do lado do inimigo. Para ter um campo de força protetor e não receber a ira divina, a única coisa a fazer é crer em Jesus e amá-lo de todo o coração.

Góticos


Deus mandou a luz ao mundo, mas as pessoas preferiram a escuridão porque fazem o que é mau. João 3:18
É possível que você já tenha visto por aí pessoas que se vestem com roupas pretas, com os olhos maquiados em cores escuras e pele pálida. Se o visual já é de dar medo, pior são os hábitos de alguns deles, como visitar cemitérios à noite. São os góticos.
Em realidade, o termo gótico diz respeito a um povo bárbaro chamado de godos. Na Antiguidade, esse pessoal vivia às margens da Europa e aterrorizava o velho continente com suas invasões.
Na Idade Média, a Igreja Católica começou a construir catedrais bem diferentes, ornamentadas com esculturas de monstros e outras coisas sinistras. Por essas características amedrontadoras, a arquitetura do período foi conhecida como gótica.
De lá para cá, esse termo é usado para se referir a coisas estranhas, sombrias, assustadoras, fantasmagóricas e macabras. Por isso, foi aplicado a jovens que gostam de ouvir música punk e se vestir de preto.
O apóstolo João se refere a um grupo que também poderia ser definido como gótico. Trata-se daqueles que rejeitam a luz da verdade e se apegam às trevas do pecado que predominam no mundo.
Jesus veio a este planeta para iluminar a escuridão que a iniquidade trouxe. Com seus ensinos e exemplo de amor, Ele clareou com esperança o futuro da humanidade, que estava condenada a sofrer as consequências terríveis do pecado.
No entanto, a Bíblia diz que Jesus “veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (João 1:11, NVI). Rejeitar a luz e goticamente amar as trevas do pecado significa optar pelo erro e não querer dar ouvidos à verdade.
Em que tipo de atividade você gasta mais tempo? Que tipo de coisas de fato lhe dão prazer? Estudar a Bíblia, ir à igreja, ajudar as pessoas, etc.? Ou ler livros impróprios, ir a baladas e buscar somente a própria satisfação? As respostas às perguntas acima vão ajudá-lo a perceber qual é sua condição espiritual hoje.
Deixe a escuridão e exponha-se à luz de Deus, que está brilhando sobre você neste dia. Abra as janelas de seu coração para Ele e rejeite as trevas do pecado. Se fizer assim, você estará se preparando para vestir roupas brancas por toda a eternidade quando terá seu rosto corado por Jesus, o Sol da justiça.

Primeiro vem a coroa – II

A sua fé salvou você. Vá em paz. Lucas 7:50
Eu ainda estava lutando contra a força da água, mas estava em paz com Deus. Cheguei a dizer naquele momento: “Senhor, se Tu quiseres, posso morrer aqui. Estou salvo!” Felizmente, percebi que os planos de Deus eram maiores. Naquele dia, o Senhor estava me confiando uma missão, a qual eu cumpriria com muita gratidão e alegria.
Ficou claro para mim que havia muitos jovens na mesma situação em que eu vivia. Portanto, eu precisava sair dali e contar a eles a boa-nova de que Deus é amoroso e que conta com a juventude para o cumprimento da missão. Eu disse para Deus: “Senhor, estou satisfeito com o perdão que recebi aqui, mas se eu sair dessa situação, ficará evidente que Tu desejas que eu te sirva integralmente.” Naquele momento, tomei a decisão de ser pastor.
Havia um rapaz pescando em cima de uma pedra. Ele viu minha luta, correu até um local em que havia uma prancha e nadou em minha direção. A água estava tão violenta naquela tarde que, mesmo apoiados naquela prancha e com a experiência de surfista que ele tinha, demoramos um bom tempo para chegar à areia da praia.
Um grupo de bons nadadores também entrou no mar para salvar os demais que estavam se afogando, incluindo meu irmão. Graças a Deus, todos fomos tirados da água. No entanto, uma morte havia acontecido. Eu havia morrido para o pecado e ressuscitado para uma vida nova vida em Cristo. Aconteceu comigo e pode acontecer com você.
Por isso, caso se sinta desestimulado ou mesmo indigno para a grande missão que Deus compartilha com você, creia que a cruz do Calvário foi erguida para salvá-lo da condenação do pecado e que existe provisão de paz e amor que emanam de Jesus para você, agora, se desejar.
Saiba que um dos propósitos do inimigo ao tentar desviar você de Deus é anular seu potencial missionário. Porém, não importa o quanto você tenha andado distante nem em que situação esteja agora. Não há limites para a graça divina. Sinta-se perdoado!
Esse episódio ajudou-me a corrigir o antigo ditado que eu ouvia em minha infância: “Só vai entrar no Céu quem tiver pelo menos uma estrela na coroa.” Entendi que, antes de ter estrelas, é necessário ter uma coroa, que é um símbolo glorioso da salvação, conquistada não por méritos humanos, mas pela maravilhosa graça de Cristo.

Primeiro vem a coroa – I

Que homem é esse que até perdoa pecados? Lucas 7:49
Em minha infância, eu ouvia na igreja uma frase que me incomodava: “Só vai entrar no Céu quem tiver uma estrela na coroa.” Isso significava que cada pessoa batizada era uma estrela na coroa de quem a havia levado ao batismo. Esse fato me deixava preocupado, principalmente porque os anos estavam se passando, e eu ainda não tinha sequer uma estrela! Assim, isso era uma séria evidência de que eu não iria para o Céu.
A adolescência e a juventude chegaram. E essa tentativa de me esforçar com o propósito de alcançar méritos diante de Deus me deixava cada vez mais exausto na corrida rumo à salvação. Porém, a minha realidade espiritual passava longe da evangelização. Acumulava entulhos de pecados e culpa, que me afastavam ainda mais do ideal de Deus para mim.
Por isso, eu me esquivava dos convites para falar nos cultos, tocar piano e nem me imaginava participando em alguma atividade missionária. Um vazio do tamanho do mundo me machucava por dentro. A religião que até então eu conhecia não dava conta de resolver meu problema. A situação mudou em minha vida por conta de um fato extremo, quando eu tinha 19 anos.
Minha família e eu estávamos passando um domingo na praia, em Guarapari, ES, em um local em que o mar é muito tranquilo. Após brincar com meu irmão mais novo, entramos na água para nos refrescar. Estávamos com a água à altura do peito, quando, de repente, o mar passou a nos puxar fortemente. Comecei a me debater, mas, a cada esforço, eu era lançado para mais longe da praia.
Enquanto em desespero tentava me salvar, o filme da minha vida começou a passar em minha mente. Era um filme de terror, pois o foco de meus pensamentos estava nos meus erros. A voz acusatória de Satanás falava alto aos meus ouvidos dizendo que, além de perder a vida, eu morreria sem salvação. O desespero tinha tomado conta de mim. Estava me debatendo física e espiritualmente; eu ofegava por salvação, em todos os sentidos dessa palavra. Porém, o Espírito Santo não me abandonou.
Louvo a Deus porque, naquela tarde, a voz do Senhor silenciou as acusações do inimigo. Pela primeira vez senti o fardo pesado sair de meus ombros. Experimentei a maravilhosa graça de Deus preencher minha vida e substituir a culpa, trazendo o perdão de que tanto necessitava. O Deus da segunda chance se revelou para mim. E Ele deseja fazer o mesmo com você hoje

A resposta do amor

Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela mostrou prova que seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado. Lucas 7:47
Trabalhei como professor durante dez anos. Houve épocas em que dava aulas nos três turnos. Nesses períodos, quando chegava em casa, à noite, a única coisa que eu queria era tomar um banho e dormir. Deitado, “ouvia vozes” do tipo: “Professor, me dá um ponto!”, “Corrige de novo minha prova…”
Nessa situação, um dia, ouvi uma voz familiar, vinda do travesseiro vizinho como se fosse em slow motion: “Amor, estou com uma sede…” Eu já havia aprendido uma coisa crucial sobre as mulheres: elas nunca falam exatamente o que querem. Apenas dão pistas. Por exemplo, pense em um homem passeando de carro com a esposa e a ouve dizer: “Água de coco…” Embora não tenha dito, o que ela quer mesmo é que ele pare o carro rapidamente e traga a água de coco! Ele que não faça isso para ver…
Voltando à “voz do travesseiro vizinho”, eu sabia o que minha esposa queria. Então, levantei fui até o galão de água e trouxe um copo para ela. Seu sorriso era minha motivação. Vendo sua felicidade e lembrando do que ela significa para mim, falei, com a mão esquerda para trás como um garçom, cujo salário era amor: “Quer que eu faça um suco também, querida?” Um dia, depois de relatar isso numa igreja, uma senhora disse à minha esposa: “Irmã, tenha pena do pastor, leve um copo de água e coloque do lado da cama!”
Resolvi contar essa história simples, mas significativa para mim, a fim de evidenciar o que é o amor e como ele se manifesta, inclusive nas pequenas coisas da vida. Quando amamos alguém, não encontramos limites para demonstrar o que sentimos. É assim também com Jesus.
Como anda seu índice de amor em relação a Deus? A obediência que Ele aceita só pode ser fruto de amor verdadeiro. E não se esqueça: precisamos amar a Deus sobre todas as coisas. Isso significa que Ele precisa ser mais importante para nós do que nossos pais, filhos, amigos, vontades e hábitos; enfim, nada pode ser maior do que Ele em nossa vida. Quando você ama assim, está disposto a abrir mão de qualquer coisa para colocar um sorriso nos lábios de Deus.
O grande desafio da vida cristã é ter o Senhor sentado no trono do coração. Neste dia, recomendo que a sua oração seja: “Pai, ensina-me a amar-te acima de tudo na vida! Que eu esteja disposto a renunciar a qualquer coisa por ti e que faça isso com o coração transbordando em amor, amor que vem de ti!”

A dívida

Um deles devia quinhentas moedas de prata, e o outro, cinquenta […]. Então ele perdoou a dívida de cada um. Qual deles vai amá-lo mais? Lucas 7:41, 42
A vida seguia para Maria, e as expectativas quanto ao futuro não pareciam tão ruins. Porém, seu tio, Simão a induziu ao pecado e trouxe sobre a vida dela um prejuízo enorme (O Desejado de Todas as Nações, p. 566). Ferida, desamparada e se sentindo culpada, se viu sem futuro. Desesperada, fugiu de casa. Prostitui-se de cidade em cidade até se estabelecer em um lugarejo chamado Magdala. Ali passou a ser conhecida como Maria de Magdala ou Maria Madalena.
Nas viagens de Jesus, ele a encontrou pelo menos sete vezes. Sentindo-se perdida, culpada e carregando um fardo mais pesado que o mundo, ela enxergou nele um fio de esperança. Jesus a abençoou, mas, pelas circunstâncias da vida, ela caiu mais seis vezes. Finalmente ela foi liberta da prostituição.
A situação de Maria reflete o que vive muita gente hoje em dia. Vítimas de violências cruéis na infância, muitas pessoas entregam-se ao pecado por imaginar que não há mais esperança. Afundam-se no lodo da impiedade porque alguém lá no passado violou a porta de seu coração e a escancarou para a dor, a culpa e a mágoa. O resultado: pecado e mais pecado como fuga para tentar esquecer a tragédia da vida. Sempre há, porém, a esperança do encontro libertador com Jesus. Ele chega, nos solta das algemas do passado e nos coloca no rumo da felicidade.
Maria era ex-prostituta, levada ao pecado por conta de uma violência sofrida; Simão induzira uma jovem ao pecado e se comportava como um hipócrita. Qual dos dois você acha que tinha a dívida maior com Deus? A resposta parece óbvia. Jesus disse: “O grande amor dela que ela mostrou prova que seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado” (Lucas 7:47). Simão induzira uma moça ao pecado, mas achava que não precisava de perdão; Maria era uma vítima pecadora, mas o perdão era tudo o que queria.
Como você está atualmente? Sente-se uma vítima de um passado cruel ou mesmo de um presente desesperador? Creia que Jesus pode libertar você! Quebre o silêncio! Fale com Deus e com alguém. Você está consciente do tamanho do perdão e libertação que Deus está lhe oferecendo? Se isso é verdade, faça como Maria. Seja extravagante em demonstrar seu amor a Jesus!

terça-feira, 9 de maio de 2017

Perfume


Então pegou um frasco feito de alabastro, cheio de perfume, e ficou aos pés de Jesus, por trás. Ela chorava e as suas lágrimas molhavam os pés dele. Então ela os enxugou com os seus próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e derramava o perfume neles. Lucas 7:37, 38
Nos tempos bíblicos, os banquetes eram reuniões públicas em que as pessoas da comunidade poderiam presenciar a conversa entre o anfitrião e os convidados. Foi assim que ela apareceu ali. Soubera que Jesus estaria na casa de Simão e se preparou para honrá-lo. Foi ao perfumista e pediu a fragrância mais cara. “São 300 denários”, disse o atendente desconfiando que a mulher com roupas simples não teria condições pagar aquele preço. “Eu economizei um ano inteiro e aqui está o dinheiro. Preciso presentear uma pessoa especial.”
Ex-prostituta, malfalada e excluída, Maria entrou na sala tentando não chamar a atenção. Desejava demonstrar publicamente todo seu amor por alguém que havia salvado sua vida. Sete vezes o Senhor a tinha perdoado e libertado. Entendendo que Ele era a única esperança de sua vida e com o coração cheio de amor e gratidão, Maria resolveu enfrentar o preconceito e a opinião pública.
De repente, uma fragrância maravilhosa encheu todo o ambiente. “Isso é nardo puro”, avaliou um nariz mais requintado. As pessoas começavam a procurar de onde estava vindo aquele perfume, até que contemplaram uma cena linda. A mulher, em lágrimas, estava jogada aos pés de Jesus. Ela havia quebrado um vaso de alabastro. Com lágrimas, lavava os pés do Senhor; com os cabelos, ela os enxugava; e com nardo, perfumava.
O contraste estava evidente. Enquanto o anfitrião do banquete nem havia cumprimentado Jesus como o costume da época – beijo no rosto para os iguais, na mão para os superiores e nos pés para os reis – a mulher não cansava de beijar os pés do Senhor. Enquanto o anfitrião não havia pedido sequer que um servo lavasse os pés de Jesus, ela o molhava com as próprias lágrimas e os enxugava com os cabelos, contrariando o costume da época, segundo o qual as mulheres não podiam mostrar em público suas madeixas. Maria foi extravagante: honrou Jesus com tudo o que era e tinha.
E você? Como tem tratado a Jesus? É seu hóspede de honra ou você não dá a mínima para Ele? Maria não teve nenhum pudor em demonstrar o quanto Jesus significava para ela. O perfume caro que você deve oferecer a Jesus hoje é sua obediência completa por amor e sua disposição de ir aonde Ele mandar.

Convite


Um fariseu convidou Jesus para jantar. Jesus foi até a casa dele e sentou-se para comer. Lucas 7:36
“Seja bem-vindo! Fica à vontade, mas não mexe em nada.” Essa foi a frase que ouvi de meu amigo na primeira vez que o visitei. Era só brincadeira, mas depois fiquei pensando que é assim que fazemos com um certo convidado especial. Gosto de definir Jesus como um hóspede inconveniente. Ele não é do tipo que vai ao nosso lar e fica sentado num canto, quietinho, esperando sua oportunidade para falar. Quando chega à casa de nossa vida, Ele faz uma revolução!
Durante o período em que eu e minha esposa moramos na Bahia, tivemos uma ajudante muito querida em nossa casa. Nós saíamos cedo e voltávamos à noite e, em alguns dias, ao retornar, éramos surpreendidos com as mudanças que ela fazia na posição de nossos poucos móveis. O sofá estava no lado oposto ao que tínhamos deixado; a estante, fora do lugar; e a cama, enviesada. Depois do susto, geralmente nos acostumávamos com as alterações.
Como a Edinalva fazia, o Senhor entra na casa de nossa vida para trocar as coisas de lugar, trazer novos itens e jogar fora o que não presta. Ele chega para mudar nosso pensamento e comportamento. As roupas que usávamos antes não servem mais, a comida que comíamos se torna imprópria, o lazer, as amizades, os filmes, tudo precisa ser diferente. “Essa vaidade que você usa para enfeitar a sala de estar de sua vida está, na verdade, a enfeando. Vamos jogá-la fora.” “Mas Jesus…”, você reluta, para depois se convencer de que Ele sempre está certo. Ele vai fazendo coisas desse tipo até deixar a casa de nosso coração limpa e enfeitada com amor e santidade.
O problema de muita gente que convida Jesus é pensar que Ele é um hóspede qualquer. Por isso, não lhe dão a honra que merece. Até querem Jesus em sua casa, mas não aceitam o que Ele quer fazer. Foi mais ou menos assim que o anfitrião de Jesus no texto de hoje se comportou. Achou que estava fazendo o máximo ao convidar o Senhor para um banquete, mas o tratou como um hóspede a mais. Jesus não pode aceitar esse tipo de tratamento. Ou Ele é o Senhor, ou não é mais nada!
Se você quer Jesus como hóspede, seu convite deve ser como o refrão de uma música evangélica de sucesso: “Entra na minha casa, entra na minha vida, mexe com minha estrutura, sara todas as feridas. Me ensina a ter santidade, quero amar somente a ti, pois o Senhor é meu bem maior, faz um milagre em mim.”

Nosso representante

Eu digo a vocês que de todos os homens que já nasceram João é o maior. Lucas 7:28
Algumas das hashtags mais badaladas na internet nos últimos anos no contexto político foram: #Merepresenta #Nãomerepresenta. Milhares de pessoas hiperlinkaram suas ideias, críticas e apoios, usando essas tags e ajudando a disseminar posicionamentos políticos. Se Cristo tivesse escrito o versículo de hoje no Twitter, sua declaração poderia figurar nos trending topics do microblog com hashtag: #homemmaisimportante.
Então, o que fez de João “o cara”, segundo o ponto de vista de Jesus? A resposta é simples. Ele recebeu a mais importante missão dada a um homem: preparar o caminho para a primeira vindo do Filho de Deus.
E não é só isso. João cumpriu fielmente essa missão. Assim, temos o seguinte quadro: uma pessoa que recebe a mais importante missão da vida e a executa perfeitamente. A soma desses fatores dá o seguinte resultado: homem mais importante que existiu. E ele era de carne e osso como você.
Se está achando que esse é um privilégio exclusivo do profeta do Jordão, você está enganado. Veja o que diz Ellen White: “Preparando o caminho para o primeiro advento de Cristo, [João] era representante dos que preparam um povo para a segunda vinda de nosso Senhor” (O Desejado de Todas as Nações, p. 101). Em outras palavras, a missão que Deus nos confiou tem o mesmo grau de importância da que foi confiada a João.
Logo, nós também poderemos ser considerados grandes para Deus se assumirmos a missão de João Batista em nossos dias e cumprirmos com fidelidade nossa obra.
João não tinha medo nem preguiça de dar sua mensagem. Ele era direto e condenava abertamente o pecado. É assim que temos que ser.
O resultado de sua pregação foi: “Então, saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judeia e toda a circunvizinhança do Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados” (Mateus 3:5, 6, ARA). Milhares de pessoas foram atraídas ao simples profeta do deserto porque ele estava cheio do Espírito Santo e fazendo exatamente o que Deus esperava dele. Se seguirmos essa cartilha, também seremos bem-sucedidos em nossa missão, e o mundo verá Jesus em nós.
Precisamos assumir o trabalho que Deus nos confiou e enfrentar os desafios com coragem e fé. João é nosso modelo. Se o imitarmos, nossa mensagem e, sobretudo, nossa vida darão ao mundo o recado de Deus. #Elemerepresenta, #Joaofoiomaiornostambempodemos!

Dúvida


O Senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro? Lucas 7:19
Encerrado no cárcere, João Batista foi visitado pela dúvida. Ele havia trabalhado para preparar as pessoas para a chegada de Jesus e, por sua disposição de falar a verdade e condenar o pecado, havia sido preso pelo ímpio Herodes.
João havia acreditado que Jesus era o Messias. Porém, como a maior parte das pessoas de seu tempo, para ele, Cristo estabeleceria um reino material em Jerusalém, livraria o povo do domínio romano e fundaria um governo de justiça e paz.
O fato de permanecer preso, e Jesus ficar aparentemente indiferente a isso, levou João a se questionar se Cristo era de fato o Messias que tanto aguardara. Preso, solitário e assaltado pelo desânimo, ele não entendia a postura de Jesus.
Por isso, João enviou duas pessoas com a pergunta: “O Senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro?” A resposta de Cristo foi um forte sim, em forma de testemunho a respeito de sua obra. Ele deixou claro que estava fazendo o que se esperava do Messias.
A vida cristã às vezes é assombrada por dúvidas. Quando o sofrimento chega, é comum fazer alguns questionamentos: “Onde está Deus?” e “Por que, Senhor?” Acreditamos que pelo fato de sermos cristãos temos que ser livrados de todo o tipo de mal que ocorre no mundo.
Entretanto, as coisas não são bem assim. Vivemos no meio de um grande conflito entre Deus e Satanás. Às vezes, somos atingidos com as faíscas desse embate violento. Jesus guerreia para declarar sua justiça e evidenciar as mentiras do inimigo. O diabo joga sujo com maldade e violência. Ataca-nos para ferir o coração de Jesus e para colocar dúvidas em nós a respeito do amor e do poder de Deus.
Nós e João Batista não estamos sozinhos na dúvida. No passado, o profeta Elias, por exemplo, passou por uma situação semelhante. Escondeu-se em uma caverna ao fugir da furiosa Jezabel e, antes disso, chegou até a pedir a morte, imaginando que estivesse sozinho. Foi no momento mais escuro da vida de seu servo que Deus esteve mais próximo para tirar as dúvidas que o atormentavam. Foi assim também com João Batista. E é assim também conosco.
Quando você estiver passando por dificuldades que o façam duvidar do amor de Deus, recorra ao Senhor, com fé e oração. Ele estará bem ao seu lado. Nesse momento, você sentirá, de modo muito claro, o grande amor de Deus. Não tenha dúvida disso!

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Poderes devolvidos

Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe. Lucas 7:15, ARA
Clark Kent apaixona-se por Lois Lane e resolve se casar com ela. Para fazer isso, porém, abre mão definitivamente de seus superpoderes e se torna uma pessoa normal. O casal de pombinhos está muito feliz em uma lanchonete quando um bandido mexe com Lois e provoca Clark. O ex-Superman, sem a força de antes, leva uma surra do grandalhão e começa a se dar conta de que perdera algo muito importante.
No mesmo período, supervilões interplanetários invadem a Terra, sem que ninguém possa impedi-los. Clark entende o erro de sua escolha e percebe que a perda de seus poderes tirou o sentido de sua existência. O problema é resolvido quando, milagrosamente, seus poderes lhe são devolvidos, e, assim, ele pode voltar a salvar o planeta.
O mundo está cheio de ex-super boys e ex-super girls que perderam a força. Gente com um futuro brilhante pela frente que, em algum momento, resolve respirar outros ares e abrir mão de tesouros da vida. Jogam no lixo a força da pureza e até da saúde em “viagens” a um mundo novo, minado pela “kriptonita” do pecado e suas terríveis consequências.
Outros perdem tesouros na vida, vítimas da maldade de vilões de carne e osso. Sofrem violência sexual e perdem a inocência nas mãos de gente má e doente. Há quem perca o brilho nos olhos por conta de sonhos que se vão como água no ralo. Famílias desfeitas e filhos sem rumo, gente que perde o emprego e a esperança, pessoas que ficam sem saúde física e emocional são apenas uma pequena amostra da realidade das perdas da vida.
O versículo de hoje fala de uma mulher que havia perdido tudo. Seu único filho, a última esperança que lhe restara, estava morto, sendo carregado em uma maca, conforme o costume da época. No entanto, Jesus mudou o que seria o final trágico dessa história. Ele ressuscitou o menino e o devolveu à sua mãe. Restituiu a vida e a esperança daquela família.
Essa é a especialidade de Deus. Hoje, Ele deseja lhe devolver os “superpoderes” que a vida tirou. Receba de volta o amor, o perdão, a pureza e a nova oportunidade que farão de você mais uma vez um “super-herói” nas mãos de Jesus.

Je suis Jesus

Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: “Não chore”. Lucas 7:13, NVI
Je suis Charlie.” Com essa frase, que significa “somos Charlie”, milhares de pessoas no mundo inteiro se solidarizaram com as vítimas de um massacre no jornal satírico francês Charlie Hebdo, em janeiro de 2015.
Em geral, assumimos esse tipo de postura diante da tragédia alheia. Essa atitude  é resultado de um sentimento nobre que Deus colocou em nosso coração: a empatia, que é sinônimo de compaixão. Essa é a característica de quem consegue se colocar no lugar do outro, especialmente diante do sofrimento.
A empatia ocorre quando percebemos que a dor de alguém é semelhante à que experimentamos e quando entendemos que também somos vulneráveis a passar por algo parecido. Isso ajuda a explicar as lágrimas que derramamos em velórios, por exemplo. Além da saudade do ente querido, choramos diante da morte, também porque sabemos que esse é o destino de todo ser humano, inclusive o nosso.
O versículo de hoje retrata Jesus manifestando empatia em relação a uma viúva que estava chorando por conta da morte de seu filho único. Em outras palavras, Ele se colocou no lugar da pobre mulher e sentiu o que ela estava sentindo.
Saber que o Senhor do universo entende nossas lutas traz conforto e esperança. O livro de Hebreus reforça essa verdade: “Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado” (Hebreus 4:15, NVI).
Esse é o segredo da empatia de Jesus. Ele pode se colocar em nosso lugar porque experimentou tudo o que o experimentamos, com o diferencial de nunca ter cometido nenhum pecado.
Qual era, porém, o ponto específico de identificação entre Jesus e a viúva do texto de hoje? A mulher estava perdendo tudo o que era mais importante na vida. Ela não tinha mais seu marido e estava a caminho do cemitério para sepultar o filho e a esperança. Jesus sabe exatamente o que isso significa.
Seus filhos queridos, os seres humanos, um dia foram raptados pelo inimigo e passaram a vagar pelo mundo como mortos-vivos por conta do pecado. Isso partiu o coração de Deus. Com sua morte na cruz, Jesus pagou o preço de nosso resgate, para nos ter de volta. É como se nele a Trindade estivesse dizendo Je suis ser humano. A única resposta que podemos dar a esse amor é dizer: Je suis Jesus.

Liberdade e ressurreição

Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam, disse: Jovem, Eu te mando: levanta-te! Lucas 7:14, ARA
A teia da aranha havia cumprido seu propósito: uma formiga de tamanho médio estava toda enroscada em sua trama. Quanto mais se debatia, mais presa a pobrezinha ficava na armadilha. Os fios entrelaçados eram como braços que seguravam a formiga e preparavam o indefeso inseto para ser o jantar do aracnídeo.
Minha filha, com três anos na época, viu a cena e ficou impressionada. Tive, então, a ideia de fazermos juntos o resgate. Com um palito de dente, livramos o corpo da formiga da teia mortal da aranha. Ao viver essa simples experiência com minha menina, foi inevitável pensar na situação espiritual de muitos jovens.
Pressionados por más companhias, meninos e meninas experimentam o que não devem, como bebidas, drogas e promiscuidade. Na ilusão de provar que não são mais crianças ou até por acreditarem que essas coisas possam trazer alguma felicidade, eles se deixam seduzir pelas máscaras de prazer que escondem tristeza, decepção e tragédia. Acabam aprisionados na teia dos vícios e das consequências das escolhas erradas que fazem.
O versículo de hoje menciona pessoas conduzindo um jovem morto para o buraco em que seria enterrado. Eles representam o tipo de gente que leva outros para os buracos da vida. Falsos amigos, que, na verdade, são fios de uma teia diabólica, tecem a tramam do pecado na qual meninos e meninas perdem a liberdade de sua inocência.
Entretanto, o texto diz que o Senhor parou as pessoas que estavam conduzindo o rapaz para o enterro. Isso é maravilhoso! Jesus tem poder de parar a procissão de morte que o pecado traz para a vida humana.
É isso que Ele quer fazer com quem está se sentindo perdido e sem força para se desvencilhar da teia de “amigos” e hábitos pecaminosos que estão, dia a dia, empurrando-o buraco abaixo.
O texto diz também que, além de frear os carregadores do caixão, o Senhor pronunciou uma frase que ecoa hoje no ouvido de alguém que se sinta sem força para lutar: “Jovem, Eu te mando: levanta-te!” A voz de Jesus tem poder de invadir o caos da morte espiritual e reavivar qualquer pessoa.
As teias do pecado não poderão continuar entrelaçadas em sua vida se você permitir que Jesus impeça seu enterro espiritual. Ouça-o ordenar sua salvação e levante-se para um viver livre e feliz.

A tecnologia de Deus

O sábado foi feito para servir as pessoas, e não as pessoas para servirem o sábado. Marcos 2:27
“O celular foi feito para servir às pessoas, e não as pessoas para servirem ao celular.” É possível que você conheça alguém que não desgruda do smartphone, deixa de comer, de interagir com a família e vive isolado no mundo virtual.
A coisa é tão séria que virou doença: nomofobia. Essa palavra diferente é a abreviação de no-mobile, mais o termo fobiaisto é, medo de ficar sem celular. Palpitações, sensação de angústia e ansiedade são alguns dos sintomas dos viciados. Além disso, o uso desregrado do “bendito” aparelho pode atrapalhar os estudos, trabalho e relacionamentos. Criado como uma incrível ferramenta de comunicação e informação; para muitas pessoas, o smartphone se tornou um vício escravizante.
Não é de agora que o ser humano inverte a ordem das coisas. Deus criou uma maravilhosa “tecnologia” chamada sábado. Ele desenvolveu o “hardware”, que é o sétimo dia, e o “software”, que é o conceito de descanso semanal. Com essa incrível “ferramenta”, o ser humano pode se relacionar melhor com o Criador, estar mais próximo da família e desfrutar as belezas da natureza.
No tempo de Jesus, os líderes religiosos estavam como que doentes e viciados na guarda legalista do sábado. Em vez de se alegrarem nesse dia e o usarem para abençoar os outros, eles faziam o sétimo dia virar um peso terrível para eles e para os demais.
Só para você ter ideia, eles não cuspiam no sábado, porque acreditavam que, com isso, estavam regando a terra ou fazendo barro, que poderia virar tijolo. Não tomavam banho e só andavam a distância de um tiro de pedra. O sábado, que foi feito para abençoar, tornou-se uma maldição para essas pessoas.
No entanto, no versículo de hoje, Jesus confirma que o sábado foi criado por Deus e dado à humanidade como uma bênção. O uso errado que os fariseus faziam desse dia não invalida a verdade de que recebemos esse presente do Criador e de que precisamos usufruir essa bênção.
O sábado não é de uma nação ou igreja específicas. Ele foi feito para a humanidade. A cada semana, esse dia maravilhoso abre um portal de bênçãos para todos que creem em Jesus e obedecem a seus mandamentos. Permita, então, que essas 24 horas sagradas o sirvam e encham sua vida de beleza, paz e alegria.

Improvável


Eu afirmo a vocês que nunca vi tanta fé, nem mesmo entre o povo de Israel! Lucas 7:9
Uma senhora com 47 anos, desempregada e fora dos padrões de beleza, sobe no palco de um programa de calouros na Inglaterra e é recebida com muita descrença pelos jurados e plateia. As pessoas se preparam para uma sessão de riso e escárnio. Esse é o início da história de sucesso da improvável Susan Boyle.
Tudo muda de figura quando ela abre a boca para cantar. Logo nas primeiras notas, o silêncio do auditório se torna em aclamação geral. As pessoas pareciam não acreditar que aquela mulher simples do interior da Escócia poderia ter um talento tão extraordinário.
Após a apresentação, assim como o auditório, o rigoroso júri a aplaudia em pé e dava a Susan “o maior sim” que um participante daquele programa havia recebido. Naquela noite, o improvável aconteceu.
Essa história me faz lembrar de um misterioso oficial romano que ousou acreditar que Jesus poderia curar seu empregado. A fé daquele oficial era improvável. Primeiramente, porque ele era romano, portanto, visto como alguém que estava fora da aliança entre Deus e o povo escolhido. Em segundo lugar, o pedido daquele homem não era para si, mas para um servo. O desejo de um homem importante em ver seu escravo curado de uma enfermidade soa como algo incrível.
Em terceiro lugar, o homem, que era uma autoridade, não se considerava digno de receber Cristo em sua casa. Porém, o fato de ele saber que Jesus era o Filho de Deus fez com que entendesse sua condição e agisse com uma humildade improvável para alguém em sua posição. Para ele, estava claro que Jesus era divino. Pouquíssimos judeus chegaram perto dessa compreensão.
Em resumo, esse oficial nos ensina que todos somos filhos de Deus, independentemente de nossa religião, etnia e classe social. Não importa o passado nem as nossas aparentes impossibilidades. Se nos dirigirmos para Deus, Ele estará disposto a nos abençoar.
Se você tem se sentido um improvável por conta de seus pecados e fracassos, ouse crer no poder do amor de Jesus. Quando sua boca for aberta para expressar a fé que vem do coração, isso soará como uma linda melodia no palco da vida, e o mais rigoroso júri do universo lhe dará “o maior sim” que você já recebeu.