domingo, 23 de abril de 2017

Ele merece

Senhor, não se incomode, pois eu não mereço que entre na minha casa. E acho também que não mereço a honra de falar pessoalmente com o Senhor. Lucas 7:6, 7
“Acho que sim!”, disse o atacante Neymar, sem um pingo de modéstia, ao responder à seguinte pergunta: “Você merece ser indicado para estar entre os três melhores jogadores do mundo que disputarão a bola de ouro em 2016?”
Os números do jogador eram mesmo impressionantes. Ele havia feito muitos gols, tinha sido responsável pela maior quantidade de passes decisivos de seu time, além de ter sido fundamental nas grandes conquistas de seu clube. De acordo com os critérios da Fifa, Neymar realmente merecia disputar o prêmio.
Vejamos outro quadro: homem rico, poderoso, bondoso, religioso e respeitado. Merece ou não merece uma visita de Jesus em sua casa? Vamos perguntar para ele. “Oficial romano, você merece receber Jesus?” “Não, não mereço sequer falar com Ele frente a frente!”
Que diferença! Enquanto o jogador está cheio de confiança em si, o oficial romano deposita toda sua fé na misericórdia de Jesus. Assim como Neymar, porém, os “números” do centurião impressionavam, a ponto de alguns líderes judeus dizerem para Jesus: “Esse homem merece, de fato, a sua ajuda, pois estima muito o nosso povo e até construiu uma sinagoga para nós” (Lucas 7:4, 5).
Por melhores que sejam as coisas que fazemos, elas não têm nenhuma capacidade de nos conferir algum mérito diante de Deus. Não importa se a pessoa guarda todos os dez mandamentos, devolve fielmente o dízimo ou está disposta a entregar o “próprio corpo para ser queimado”; isso tudo “não adiantaria nada” (1 Coríntios 13:3).
As boas obras são a consequência da salvação, não a causa. É impressionante o fato de aquele romano ter percebido que suas doações para a construção de uma sinagoga não compravam o amor e a misericórdia de Deus.
A grande tentação de alguns cristãos é imaginar que, por serem dedicados, eles se tornam melhores do que os outros. Em realidade, a maior vitória espiritual que podemos receber é reconhecer que não somos nada e que dependemos de Deus para tudo.
A bola de ouro da Fifa é disputada com muito esforço e talento dos vencedores. Porém, só o grande “artilheiro” Jesus mereceu receber a “bola de ouro” do Céu. O mais lindo de tudo é que Ele já recebeu o prêmio e está muito interessado em compartilhá-lo conosco.

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