domingo, 9 de abril de 2017

9 de abril - Domingo: Filhos do trovão

Tiago e João, filhos de Zebedeu (a estes Ele deu o nome de Boanerges, que quer dizer “Filhos do Trovão”). Marcos 3:17
Primeiro forma-se a poderosa corrente elétrica, conhecida como raio. Em seguida, brilha a forte luz, chamada de relâmpago. Somente segundos depois, ouve-se o trovão. Esse pequeno atraso se deve ao fato de que as ondas supersônicas de ar violentamente eletrizado não conseguem ser mais rápidas do que a velocidade da luz.
Os trovões recebem a menor parte da energia de uma trovoada. Mesmo assim, dependendo das circunstâncias envolvidas, seu estrondo pode ser alto o suficiente para causar surdez em pessoas que estejam muito próximas ao local da queda do raio.
Explosivos, barulhentos, fortes e impactantes. Essas eram as características de Tiago e João, os filhos do trovão. Mesmo ao lado do Senhor, a força da personalidade desses rapazes às vezes explodia com impacto negativo.
Por exemplo, um dia Jesus e os discípulos estavam em viagem e precisavam pernoitar em Samaria, mas o povo dali não quis recebê-los. A reação dos dois foi: “O Senhor quer que a gente mande descer fogo do céu […]?” (Lucas 9:54). Jesus os repreendeu e disse que essa não era a natureza de seu reino.
O gênio desses dois irmãos parece com o de muita gente hoje em dia. “Eu não levo desaforo para casa!” “Está olhando o quê?” “Você está rindo de mim?” Frases assim explodem e revelam a perigosa energia que corre nos nervos à flor da pele de gente que ainda não aprendeu a controlar as emoções.
Algumas pessoas querem justificar seu destempero dizendo que nasceram com personalidade forte. Muitos acabam também confundindo nervosismo com sinceridade. “Eu falo o que penso, doa a quem doer”, gabam-se os furiosos, sem medir os efeitos terríveis da tempestade de suas palavras no ouvido de alguém.
Entretanto, ao olharmos para a vida de Tiago e João, podemos ver com clareza que a convivência com Jesus pode abrandar qualquer pessoa, mesmo dois trovõezinhos como eles. A prova disso é que o estrondoso João passou a ser conhecido como o discípulo do amor, e Tiago foi o primeiro dos apóstolos a dar a vida por Cristo.
O ombro de Jesus foi o para-raios em que a energia violenta da natureza de João foi abrandada; a proximidade ao Senhor transformou a explosiva personalidade de Tiago em fidelidade e devoção. É isso que acontece quando o raio da luz divina brilha no céu da vida. Na sequência, sempre surge o trovão de uma existência a serviço de Deus.

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