sexta-feira, 14 de abril de 2017

14 de abril - Sexta-feira: Cordeiro ou coelho?

Durante a Festa da Páscoa, muitos creram nele. João 2:23
A Páscoa chega trazendo sentimentos opostos: a euforia do comércio, abastecido com todo o tipo de ovos e coelhos de chocolate de um lado; de outro, a sombria tristeza que a lembrança do sofrimento de Cristo impõe sobre alguns. As diferenças ficam ainda maiores quando pensamos nos símbolos que compõem o universo pascal na cristandade de hoje: o ovo e o coelho, festejados, relacionam-se contraditoriamente com os cada vez mais esquecidos cruz e cordeiro. Afinal, qual é o verdadeiro sentido da Páscoa e quais são seus símbolos verdadeiros?
A verdade é que a Páscoa comemorada em nossos dias é muito diferente daquela que a Bíblia apresenta. A Páscoa bíblica foi instituída para celebrar a libertação do povo israelita do cativeiro egípcio. Seu ponto de partida foi a décima praga que caiu sobre o Egito, na qual morreram os primogênitos do Egito cujos pais não marcaram a porta da casa com o sangue do cordeiro. O foco central dessa festa está na morte desse indefeso animal, de quem vem o sangue que indica salvação. Na Páscoa da Bíblia, o cordeiro é o animal mais importante.
No entanto, na Páscoa do mundo, outro bichinho roubou a cena: o coelho. Por quê? Todas as culturas antigas tinham a sua Páscoa, que sempre estava relacionada à adoração a deuses, com o objetivo de pedir chuva para regar a terra, preparando-a para a agricultura. Os antigos pagãos do norte da Europa adoravam a deusa da primavera chamada de Eostre. O ponto alto das festividades em louvor a essa divindade ocorria em março, no início da primavera do hemisfério norte, período em que muitas culturas antigas celebram sua Páscoa, que é um festival aos deuses da fertilidade da primavera. De acordo com a lenda, o animal preferido de Eostre é o coelho, por ser considerado muito fértil.
E os ovos de Páscoa, onde entram na história, pois coelho não bota ovo, não é mesmo? Segundo a crença pagã, por serem vistos como símbolo de vida, nascimento e ressurreição, os ovos são os alimentos preferidos dessa deusa. Tudo isso não tem nada que ver com o verdadeiro sentido da Páscoa.
Enquanto os pagãos apresentavam coelhos e ovos para agradar sua deusa, o Deus verdadeiro, como um cordeiro, na pessoa de Jesus Cristo, entregou sua vida para salvar a humanidade. Nessa Páscoa, então, esqueça ovos e coelhos e lembre-se de Jesus, o verdadeiro “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29).

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